quarta-feira, 26 de maio de 2010

Leituras da Solenidade de Corpus Christi




Rezemos:
Senhor Jesus, que instituístes na última ceia, o memorial da Vossa Paixão, dai-me a graça de pelo vosso Santíssimo Corpo e Sangue jamais separar-me de Vós
I Leitura - Gen 14,18-20
Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, mandou trazer pão e vinho, e abençoou Abrão, dizendo: “Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que criou o céu e terra!
Bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos em tuas mãos!” E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.

II Leitura - I Cor 11,23-26
Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim.
Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim.
Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha.

Evangelho - Lc 9,11-17
Logo que a multidão o soube, o foi seguindo; Jesus recebeu-os e falava-lhes do Reino de Deus. Restabelecia também a saúde dos doentes.
Ora, o dia começava a declinar e os Doze foram dizer-lhe: Despede as turbas, para que vão pelas aldeias e sítios da vizinhança e procurem alimento e hospedagem, porque aqui estamos num lugar deserto.
Jesus replicou-lhes: Dai-lhes vós mesmos de comer. Retrucaram eles: Não temos mais do que cinco pães e dois peixes, a menos que nós mesmos vamos e compremos mantimentos para todo este povo.
Pois eram quase cinco mil homens. Jesus disse aos discípulos: Mandai-os sentar, divididos em grupos de cinqüenta.
Assim o fizeram e todos se assentaram.
Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e deu-os a seus discípulos, para que os servissem ao povo.
E todos comeram e ficaram fartos. Do que sobrou recolheram ainda doze cestos de pedaços.
Meditação
"A Eucaristia - o centro de nosso ser cristão - se funda no sacrifício de Jesus por nós, nasceu do sofrimento do amor que na Cruz encontrou seu cume "
S.S. Bento XVI
Ao instituir a Eucaristia durante a Ceia, Nosso Senhor perpetuou sua presença entre nós até o fim dos tempos, comprindo o que Ele mesmo dissera aos discipulos depois de sua Ressureição: "Eu estarei convosco até a consumação dos tempos".
Na segunda leitura, São Paulo nos relata, sobre a Santa Ceia, o que Ele diz ter recebido do Senhor é na verdade, o que chamamos de Tradição Oral, onde os fatos se perpetuam através de relatos dos outros seguidores do Senhor.
No Evangelho, São Lucas nos narra a passagem da multiplicação dos pães, e percebemos que o Senhor manda que os seus lhes deem eles mesmo de comer, isto quer dizer, evangelizai-os vós agora. Isso é o que Jesus diz a cada um de nós nos dias de hoje, dai-lhes vós mesmos de comer, ensinai-os, falai de Mim, do Meu Reino, onde a preferência é do excluído e do marginalizado.
mas o Senhor, percebendo que elesainda não estavam prontos para caminhar com os próprios pés, manda que aqueles que o seguiam se sentassem, então pega cinco pães e dois peixes, que em outro evangelho nos diz que foi trazido por um menino, dá graças ao Pai, mostrando o sentido de rezarmos sempre antes das refeições.
E os doze cestos que sobraram , representam as doze tribos de Israel, que na Alinaça do Sangue do Senhor são os doze apóstolos do Cordeiro Imaculado.
O significado da realeza da Solenidade de hoje é por que no Tríduo Pascal, devido a atmosfera de morte que envolve a vida do Senhor não se presta a o devido culto a Santa Eucaristia, por isso hoje os fieis saem em procissão pelas ruas manifestando a presença real de Cristo no Sanyo Sacramento do Altar.

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.

O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico. Conta a história que um sacerdote chamado Pedro de Praga, de costumes irrepreensíveis, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o Dom da fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido da dúvida. Na hora da Consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre: a Hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal, os sangüíneos e as toalhas do altar sem no entanto manchar as mãos do sacerdote, pois, a parte da Hóstia que estava entre seus dedos, conservou as características de pão ázimo. Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos foram para Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico. A 11 de agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o mundo católico através da bula Transiturus do Mundo o preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor.

A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264. O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.

A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: ‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na Quinta-Feira Santa.

A procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico (cân. 944) que determina ao Bispo diocesano que a providencie, onde for possível, "para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo." É recomendado que nestas datas, a não ser por causa grave e urgente, não se ausente da diocese o Bispo (cân. 395).

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