sexta-feira, 18 de junho de 2010

Leituras do XII Domingo do Tempo Comum


Antes de ler, reze:
Senhor Jesus, nós que pela vossa morte ganhamos a vida, dai-nos a graça de sempre reconhecer-Vos ao partir do Pão e dar testemunho de Vós ante os homens, para que possamios se for da vossa divina vontade louvar-vos, adorar-vos e dar-vos graça no Céu. Amém


I Leitura Zc 12, 10-11
10. Suscitarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de boa vontade e de prece, e eles voltarão os seus olhos para mim. Farão lamentações sobre aquele que traspassaram, como se fosse um filho único; chorá-lo-ão amargamente como se chora um primogênito!
11. Naquele dia haverá um grande luto em Jerusalém, como o luto de Adadremon no vale de Magedo.


II Leitura Gl 3,26-29
26. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo.
27. Todos vós que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo.
28. Já não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus.
29. Ora, se sois de Cristo, então sois verdadeiramente a descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.


Evangelho Lc 9,18-24
18. Num dia em que ele estava a orar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: Quem dizem que eu sou?
19. Responderam-lhe: Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas.
20. Perguntou-lhes, então: E vós, quem dizeis que eu sou? Pedro respondeu: O Cristo de Deus.
21. Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém.
22. Ele acrescentou: É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia.
23. Em seguida, dirigiu-se a todos: Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me.
24. Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á.


Reflexão
É insuficiente declarar que Jesus é o Messias. É preciso mais. É necessário que a partir desta declaração: Jesus é o Messias, efetivamente se trabalhe na construção de um novo mundo de justiça e paz. Afinal, se Deus decidiu assumir a forma humana em Jesus Cristo, para trazer ao humano uma mensagem, essa mensagem deve ser observada com olhar diferente daquele com que costumamos observar todos os demais recados humanos.
Não se pode pechinchar com o Evangelho. O homem precisa do Evangelho tanto quanto precisa de Deus. E se pretende resolver seus problemas pondo Deus de lado, agindo como se Ele não existisse, essas postura só pode dar num resultado: a inevitabilidade do fracasso.
Pode soar estranho esta reflexão para a passagem em questão. Mas, pretender – a partir do anúncio de que Jesus é o Messias – colocar o Evangelho a serviço de sistemas políticos ou econômicos é o mesmo que comprometê-lo. Não tardará que o sistema político o manipule e que o sistema econômico o sufoque, ambos buscando maneira de impedir que o mesmo Evangelho não atrapalhe seus interesses.
Os sistemas passam. O Evangelho fica. Porque ele é dirigido à pessoa humana, com seus sonhos e suas fragilidades. Pois enquanto assistimos às alternâncias e superações dos sistemas, o ser humano permanece o mesmo, enfrentando os problemas perenes com que se defronta: a guerra e a paz, a injustiça e a justiça, o egoísmo e o amor. Que os sistemas são incapazes de resolver. E para os quais, exatamente, Jesus veio trazer o remédio.
“E vocês, quem dizem que eu sou?” (Lc 9, 20)

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